quinta-feira, 17 de março de 2011

A solidão da autoridade.

A autoridade se coloca ao lado dos reflexos da arrogância, o que você estabelece como lei, regra, sugestão-obrigatória, por via de regra precisa acontecer. Se de outra forma nada acontece ou tudo acontece? Queremos que isso aconteça de forma pensada ou de forma acidental? Até onde é bom seguir desejos? Quando é bom delimitar o espaço das discussões?

Argumentos não lhe repelem, olhos vermelhos não o esmorecem. O estado de autoridade blinda todos os sentidos humanos e o CERTO escrevesse na sua frente em letras grandes e insensíveis: CERTO. O caminho da lógica, racional, correta e brutal.

A brutalidade do estar certo. Como num livro de leis, estão todas escritas, o livro é mais autoritário que o homem, o homem pode sibilar na voz, desviar o olhar, ja o livro é aquilo TINTA NO PAPEL E TINTA NO PAPEL. A força da certeza.

Seria um bom homem aquele que toma decisões e se deixa convencer, ou aquele que toma decisões, e que por algum meio racional, prático e lógico obtém a confirmação do caminho e não se preocupa em convencer ninguém, expõe os fatos e espera que as pessoas aceitem.

Não coloco em cheque a verdade. Às vezes ela acontece.

Nesse caso a autoridade tinha razão e o fato era claro, mesmo assim me senti um tiro na boca duma criança.


Como escolher uma vida repleta dessas decisões e dessas conversas? Como desejar uma posição bélica como essa, quando o que mais se quer é sentar com os amigos, criar, conversar e tomar danone depois de um ensaio cheio de sorrisos?


É a autoridade que precisa dizer tirar a chupeta?
Escondemos a fralda ou esperamos que o bebê cague em tudo, até perceber que aquilo não é bom?

Dou o peito pras flechas ou explico que as flechas doem? Inteligência é presumir que todos sabem que isso pode matar ou convencer por “a+b” que as coisas às vezes SÃO ASSIM SIM?


Possíveis profissões
: Comerciante, técnico de futebol, empresário, pai ou diretor de teatro.

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