O pobre vinha sentindo dores no estômago, o pobre foi marcar consulta, conseguiu pra dali 3 meses, o pobre continuava com as dores mas agora tinha a impressão de que fosse o que fosse, e era alguma coisa, não esperaria 3 meses por uma consulta. Eis que veio o carnaval e com o carnaval uma longa viagem de ônibus até o Paraná, nada de festa, foi visitar parentes. Por todo o caminho veio o pobre pensando e sentindo a tal dorzinha.
O ônibus bateu num scort vermelho que invadiu a pista, o motorista do scort morreu.
O ônibus ficou abalado, porém sem feridos, todos zonzos, alguns nervosos e outros pasmos. A empresa tratou todos como reis, ta com dor? Onde? Ta doendo? Bateu a cabeça?
O pobre teve a idéia:
- O senhor bateu a cabeça?
- Não. Mas tou com uma dor no estômago...
GENTE! Atende esse homem aqui! Ele ta com dor! Foi atendido em 27 minutos, check-up geral, isso, aquilo, aquilo outro!
Por fim uma simples gastrite e segue viagem por conta da companhia, 80 reais da passagem + check-up + uns bolinhos que comeu no hospital.
E no final o pobre sentiu-se desonesto, não era da índole dele mentir. Mas também não era da índole da companhia ser humanitária, como também não era da índole do hospital atender aos pobres... Como também não era da índole, do motorista do scort, dirigir bêbado.
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