sábado, 13 de março de 2010

Saudades do que ainda tenho (?)

Um velho amigo, um homem que eu sempre enxerguei como um exemplo, desde molequinhos, nele eu já via hombridade, respeito e talento pra ser feliz, meu melhor amigo talvez, desde sempre ele me acompanhou, rimos de coisas sem graça, brigamos por bobagens, mas sempre eu soube que seria ele meu amigo para sempre, acho que ele também acreditava nisso, acho que já cheguei a chamá-lo de irmão. Talvez tenha sido o teatro, ou talvez não tenha sido nada, fato é que ele não mais fala minha língua, nunca mais consegui contar-lhe uma angústia, engraçado que ele continua meu amigo, sempre penso nele, e ele em mim com certeza, mas não temos mais nada em comum, além da saudade de sermos amigos, irmãos, confidentes e colegas de escola. Talvez tenha sido meu teatro ou a família dele que sempre me achou uma péssima amizade (eu nunca soube o motivo)... Meu 1,80 ou o cabelo curto que ele começou a usar sem me avisar que mudaria o corte. Sinceramente eu não sei, mas acho que essa é a minha amizade mais antiga e hoje em dia, mais nostálgica. Falsa? Acho que não, ainda gosto dele como um irmão, ainda lembro dele quando escuto "você meu amigo de fé..." portanto não pode haver falsidade. Talvez um respeito pelo nosso passado de amizade e camaradagem, isso sim pode existir, mas eu acho que nisso prefiro me enganar, prefiro acreditar que de alguma forma ele compreende que eu mudei, mas que para sempre teremos esse vínculo de amizade e de anos incríveis. Acho que vou tentar puxar algum assunto dia desses, talvez eu até lhe diga que ele faz uma falta colossal, mas seria bobagem minha, ele sabe que faz e eu sei que também faço. Não fazíamos coisas grandes, nada como viajar juntos ou namorar duas irmãs gêmeas... Éramos mais simples e sinceros que isso, gostávamos de adivinhar o que seríamos no futuro, e hoje no futuro, temos a resposta que nunca daremos um ao outro.

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