sábado, 10 de julho de 2010

Um domingo qualquer

Num domingo qualquer que a gente esbarra no passado, a vida ganha um tom dramático, você reconhece a falha trágica no caminho de vocês, você reconhece que o passado sempre é feito de concreto. As vozes no reencontro podem estar diferentes, mas todas as palavras são iguais, o som de cada palavra e sílaba ecoa nas outras situações, nas outras vezes em que dissemos "oi" e "até mais", e num domingo qualquer o perdão vem no olhar perdido, no que nunca foi dito e no sol, dourado e metálico perpetuando a imagem de duas pessoas sozinhas num caminho, duas pessoas sozinhas entre ferro, asfalto e o resto do mundo. Nesse domingo qualquer você canta "In My Life" enquanto volt pra casa...

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