quarta-feira, 3 de março de 2010

My Girl

O problema é que ela não é minha, trata-se da garota mais perfeita que já conheci... O tipo de mulher que olhamos e esquecemos de tudo, fico feliz dela ter conhecido o melhor “Marcio” possível. Minha timidez e a dela ficaram-se paquerando um tempo e então o absurdo aconteceu, rompi o silêncio. Eu sinceramente acreditei que fazia o certo e acho que fiz mesmo. Ela arregalou os dois olhos mais lindos do universo, sorriu o sorriso mais lindo do mundo e falou toda empolgada, sobre sua vida, sobre seu passado, sobre quem ela pensava ser, sobre quem queria ser. Falei frases cortadas, mais sorri do que falei, mais olhei nos olhos do que escutei. Talvez minha mente adolescente tenha fermentado um clima mentiroso, mas acho que não, aquela garota-raio-de-sol, estava mesmo correspondendo. Os olhos abraçavam os meus e os sorrisos correspondiam com carinho, virei em 15 minutos um garoto de 15 anos, perdido, feliz, ansioso e articulado como um cachorrinho contente. Meu espírito fez tanta festa que contagiou o dela, senti alegria no momento todo. Depois silêncio. Depois alegria de novo. O melhor de mim soube exatamente o que fazer, não era o momento, engraçado que eu posso nunca mais vê-la, mas definitivamente aquele não era o momento de um passo ousado, era hora só de flertar com a vida e sofrer de paixonite aguda, comunico que não posso desistir, não devo e nem quero, ela é tão perfeita que nem me deu tempo de conhecê-la melhor, para não perder o encanto. Foi o mais puro James Dean e Natalie Wood, as inquietações e as vozes sussurradas deram o tom. Sorrisos, muitos sorrisos. Confesso que o assunto foi um tanto banal, mas os corpos estavam inesquecíveis. O nó no peito indescritível e “My Girl – (The Temptations)” deu-me um breve adeus, com cara de “te vejo por aí”... Sobrou uma noite infinita.

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