domingo, 8 de abril de 2012

do novo romance.

Ele no outro canto, perto de uma quina que ninguém pisava, usava moletom porque segunda-feira não é dia de encontrar o amor da vida, mas, mesmo assim, usava a sedução-masculina-sonora que lhe era peculiar. Não concebia urinar leve, obrigava-se sempre a disparar forte os jatos na louça do vaso, imaginava, que alguma mulher, de longe, poderia por acaso escutar o jato potente e acabar por imaginar a potência do pênis que lançava a urina com tanta força, urinava pensando em agradar os ouvidos da mulher que nem existia, mas sabia que se existisse, ou que se estivesse por perto, certamente gostaria de um órgão musculoso que pudesse disparar rajadas somente com a força da bexiga barulhenta, um genital que gritava o nome dela.

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