domingo, 19 de fevereiro de 2012

Reunião azeda de cores.

Eu irmão de irmão nenhum. Minha metade masculina perdida por aí, eu sorrindo pelo tempo que passou, eu irmão de uma saudade sem fim, por ele e só por ele eu voltaria no tempo, depois de agora eu nunca mais quis ser criança´, mas só por ele eu queria perder minha consicência quilo a quilo dos meus 75 quilos.

Hoje eu jantei com a distância e encontrei meu irmão na rua, na verdade meu irmão transmutado em um muro vermelho-mel que me lembrou o temperamento dele.

Meu irmão que agora vive do próprio trabalho que nunca mais poderá parar de trabalhar ( se não para de viver ).

Eu com menos razões para voltar pra casa e pra comer o último iogurte da geladeira.

Do meu irmão eu tenho saudade dos dentes e dos constrangimentos que ele causava, meu irmão perdido no mundo, eu perdido no mundo sem me encontrar comigo de hoje,

um Deus que não chove no verão.

Sensação de que ele esqueceu a chave e tá pra sempre me esperando no portão.

Irmão tradição, irmão ritual, irmão mesma saliva e meus cabelos.

O cara de olhos diferentes.

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