segunda-feira, 4 de abril de 2011

Fé é um bolinho ana maria com refrigerante.

Como se faz 20 anos quando você se sente companheiro da noite e muito mais antigo que a própria tristeza? O que é entender a solidão quando não se está tão sozinho assim? Como se finge ganhar experiência quando você já viveu tudo em estrofes, versos e frases de efeito?

Não virei político, meu plano de com 15 anos entrar para algum partido e com 20 ganhar um cargo público, realmente, não rolou. Aqueles sonhos que eu tinha, com meus discursos inflamados, eram sonhos então? O que mais são sonhos no meio de tudo isso?

Quem sabe a felicidade tenha desmaiado pra acordar só agora, ou talvez meus olhos estivessem desmaiados para só agora enxergarem esses meus novos prazeres, a cerveja a coragem de conhecer as pessoas e o congelamento de tudo que foi ruim, esse 2011 potente, irmão daquele 2010 inesquecível, essa fase que mais parece uma longa viagem com os olhos bem abertos e o coração apto a nunca mais esquecer uma só folha que possa cair de um galho, e a folha vem caindo e eu olho até o fim, quero ver todas as folhas caindo, como marolas no ar pesado do centro da cidade.
Não quero ser feliz, quero ser feliz e infeliz. No meio do oceano e o oceano já tem 20 anos. Que o 23 de abril seja justo.

Secretárias infelizes na empresa, balconistas safadinhas, ex namoradas tristes, solteiras entediadas, casadas fiéis, infiéis, solteiras que se testam e solteiras que esperam, românticas que sonham e ninfomaníacas, todas vocês ao mesmo tempo ou não. Se tiver vida eu quero. Quero todos os amigos do mundo, todas as quase-namoradas e os quase-inimigos.

E se conhecer alguma poesia, melhor ainda. Nesse ano eu aceitei que ou é com arte ou não é.

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