quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Reflexo

Não há como dizer que a arte não é um reflexo, não só do ser, mas também do estado do ser. Quando dirijo tenho tendência ao minimalismo, ao pensado, ao não dito e a todas essas coisas que dialogam com meu universo, pequenos constrangimentos, grandes dilemas. A coisa é que agora eu tenho dirigido finais felizes, nas ultimas duas cenas que trabalhei me percebi querendo o melhor da personagem, sendo que em “As Dolosas Coxas” a minha maior busca foi pelo drama, pela dor, pelas "explosões de olhares" como um dia disse a Pri. Esses meus finais "felizes" eu acho que tem sido felizes só pra mim, na maioria das vezes é uma mão que pega outra, um olhar de "eu posso” ou um suspiro aliviado, são sutilmente felizes e quase imperceptíveis, acho que como o meu próprio “happy end”, sutilmente feliz... Isso é o que o espectador não vê, mas se contamina, e também se não for, tanto faz... Não crio o espectador meu sócio, gosto dele como comprador, comprador de algo que eu não vendo mesmo que exposto na vitrine, atrair e afogar, como fazem as sereias.

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