quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Mania de ser enganado (TETRO)

Que mania mais chata essa que o público tem de querer ser enganado, assisti Tetro e adorei tantas coisas! Desde a proposta (ao meu ver PURAMENTE estética) até o roteiro subversivo e simples no fazer. Adorei a autenticidade da coisa toda. Li algumas críticas que citam como "constrangedor" a coisa mais bela do filme, os efeitos ruins. São tantos efeitos ruins, a mulher que voa parecendo uma gota de tinta, a água que parece desenhada... O que para mim foi um ponto muito positivo, pra quê fazer com perfeição? Pra enganar melhor? Eu vi o mar invadindo o palco da mesma forma, ele estava lá, não estava bom pro Spielberg, mas pra quê gastar milhões num efeito que um balde com água resolve? A mágica do teatro foi lindamente arrastada para o cinema: CONVENÇÃO.Tetro é incrível e me mudou mais um pouquinho. Aliás, bonito ver o cinema espanhol contaminando o clássico americano. A estética Almodovar bastante concreta e limpa. Não sei se foi pira minha, mas percebi um Coppola hiper maduro em cada frame do filme. O Marlon Brando de Tetro é com certeza o próprio Coppola.

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