terça-feira, 30 de novembro de 2010

As Dolosas Coxas, por Luiza Novaes

“Bons homens nascem mulheres!” ou “A Beleza corrompe a humildade”...
Por Luiza Novaes

27/11- 3hs- Tenda Cenamix

As Dolosas Coxas

Direção: Marcio Pellegrini
Elenco: Priscilla Leão e Kitto Sant'Anna

Como se chora sem forçar a respiração? “Tô com caramiola na cabeça” para saber a resposta! Amartya Sen, premiado escritor de economia, com Nobel e tudo mais, diz que as mulheres podem ser instrumentos para a liberdade. Supostamente nos países em que a igualdade entre os gêneros delimita a liberdade, elas e a criação dos filhos homens vai modificando a estrutura de toda uma geração seguinte e da próxima e da outra... Assim indiscriminadamente!

A mulher na relação ela amadurece, vira pêra, até em formato quando ocupa específico papel, pode e deve ser amada mas, na sociedade do consumo onde podemos trocar, desperdiçar, jogar fora e comprar o novo, como ficam as relações, como podem perceber... Acredito que esse seja o tema do momento.

No capitalismo, podemos pelo dinheiro adquirir qualquer artigo, lógico desde que tenhamos capital! Isso é uma lógica desenhada, e o nosso valor, é de uso ou de troca? Questionem-se quando batemos palmas para algum tipo de inovação estética que mostra que a mulher só é desejada quando ainda não foi alcançada, senão... “a que se entrega é pura vagabunda”. “Depois do primeiro beijo é impossível amar o ser que se ama? Acabou o sonho e ficou uma mulher qualquer.” Estamos impondo as coisas um valor de troca como um objeto que encontramos no supermercado. Isso demonstra que quando não desenhamos um final feliz, o que fazemos é construir o descaso total e incompleto pelo ser, eliminando a possibilidade de ver as pessoas como uso, o valor em si, me pergunto e o meio termo?? Onde estão Pinter? Ibsen?

Democraticamente podemos representar tudo, mas o que será que queremos com cada uma das imagens que criamos. Quando escolhemos debater um tema, ele deve nos ser vital. Não há como escapar das nossas responsabilidades. Assumiremos essa condição ou continuaremos no politicamente correto? “Amor você me acha bonita? ”. Eu pergunto ainda hoje todos os dias! E quem afinal veste o avental? Há uma ironia de bexiga nisso tudo, é em uma simples dança que se inverte todo e qualquer papel!

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