segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Coluna


Conversando com uma amiga que também escreve, tive (roubei) a idéia de escrever sobre alguns conhecidos, algo do tipo "fulano " segundo minha percepção, cada um é cada um e cada um é alguma coisa aos olhos do outro, acho bonito isso, ser vários em várias pessoas, chega, começo agora :


.Ela tem olhos duros e escuros, rosto duro de gente tradicional, cabelo que de cabeça eu não lembro, mas que quando a encontro, fico revisando todas as cores que conheço, termino sempre no "castanho meio preto, quase loiro". Sempre achei que tivesse uns trinta e poucos. Tem vinte e poucos. Ela tem alguma coisa antiga em si, não sei se o olhar, ou o jeito como respira, não preenche o peito, respira curto e sorri quando solta o ar, tem um caminho estranho na arte, um caminho que até agora eu só enxerguei nela, um caminho obrigatório. Tenho a impressão de que ela se sente obrigada a ser boa, e quando triunfa, ai sim ela tem vinte e poucos, me abraça no pescoço, me beija e fica numas exclamações vagas "aii " ... "nossa!"... "você!"

Ela é bonita de alma e por mais que eu marque de encontrá-la, sempre tenho a impressão de que estamos ali por acaso, por mais que ela pareça solta e livre ela não é por acaso, ela faz sentido, um sentido muito particular que eu respeito.

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