quinta-feira, 26 de novembro de 2009

No Brás(il)

Conheci o Brasil! EU que vinha desconfiando que a Avenida Paulista não fazia mesmo parte do Brasil de verdade e eu que desconfiava que por ali não andavam os verdadeiros "brasileiros". Hoje encontrei o Brasil, no Brás. Sei que não vi rostos com tons europeus e nem cabelos mega lisos perdidos em shampoos caros. Vi um país que me lembrou O Auto da Compadecida (tirando o adendo da poesia). E eu digo que aquele é um lugar estranho. Onde as pessoas se olham com medo e sempre estão com a mão protegendo a carteira. Onde as mulheres gordas são socadas na multidão até darem passagem aos outros. Onde você não vê mais paredes nem asfalto, vê pessoas e mais pessoas. Vê falsificações e refrigerantes alternativos. A multidão parda olha feio, os novatos. Eu não devo saber andar no ritmo. Sei que fui alvo de muitos olhares que devem ter me julgado fresco. Saí tropeçando o dia todo.

E no meio de tudo isso está nascendo algo sofisticado. Algo que está para o Brás como esteve os Saytros para a Praça Roosevelt. Uma revolução cultural importante sincera e jovem, tudo ali tem cara de juventude, o conhecimento é passado de uma forma leve e falado de homem para homem. E esse só foi o primeiro dia.

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